segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

“Quem me dera ser um peixe...

Para em seu límpido aquário mergulhar...”

Foi-se o tempo em que o romantismo nas musicas não era sinal de brega, era conquista, sedução, pegação geral dos brotos e dos pitéis. O Fagner quando dizia que qria ser um peixe mulheres caíam aos seus pés assim como o Wando ao dizer que “Você é luz, é raio, estrela e luar... Meu Iaiá meu ioiô” ganhava vaaaarias calcinhas e fãs querendo dar pra ele.

Hj em dia essas musicas não fazem tanto sucesso (não fazem sentido) quando o cara quer conquistar a garota, agora só fazem sucesso quando tocam em festas trash anos 80, festas de batizado/formatura/bailinhos e afins.

A minha infância toda ouvi minha mãe cantar Adoniran Barbosa, Demônios da Garoa, Roberto Carlos, até mesmo Raça Negra e o meu pai já era mais descoladinho, curtia um Só Pra Contrariar, Beto Barbosa...

Confesso que sinto uma enorme vontade de saber cantar essas musicas de cór  e salteado, mas minha vontade mesmo é saber cantar a musica do Chico Mineiro inteira e a do Menino da Porteira, ai sim, serei uma pessoa melhor.

Hj acordei com o trecho de uma musica que minha mãe cantava muuuuuuuuuito, lembro apenas de algumas partes, a letra é TOSCA, alguma coisa com "baleias que cruzaram o oceano"...

Tive que procurar e achei, reparem que a letra pra antigamente era poesia, hoje parece uma letra do GREENPEACE em um comercial qualquer:

AS BALEIAS

Não é possivel que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento
Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas
Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão
Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro
Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor
Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à furia louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão
Não é possivel que você suporte a barra

Tocante!

EU VOU APRENDER MENINO DA PORTEIRA, EU  VOU!

 C 'ya














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