quinta-feira, 28 de julho de 2011

A vingança tarda, mas não falha

Na escola sempre tem o grupo das gostosinhas maiorais e dos gostosinhos jogadores de futebol e namorados das gostosinhas maiorais, no grupo das gostosinha tinha uma que sempre que podia me "bulimizava" (vulgo, Juliana) , isso em 2000, cursando a 6ª serie. Ela já tinha seios fartos, estava sempre com unhas bem feitas, salto alto, roupa colada, já menstruava e era ativa sexualmente no alto de seus 13 anos de idade, eu era uma simples camponesa de puro e nobre coração, feia que só a porra, achava que beijar na boca ia muito mais além da sujeira humana, era pecaminoso, porém, eu era aquela que vc podia confiar para te passar as colas, animar o recreio e as aulas vagas, pois, a simpatia compensa a feiura desde que o mundo é mundo.
Ela só falava cmg para pedir cola da prova e dinheiro para comprar bala Lua Cheia, nunca me agrediu fisicamente, mas jogou casquinha de giz de cera e de lápis de cor no meu cabelo, além das pressões psicológicas do tipo "Vc acha que um dia vai chegar ao meu nível?", "Você não tem medo de morrer assassinada na porta da escola?", "Você é feia por falta de opção?" etc, etc, etc... Nunca pensei em me vingar dela, só queria terminar logo o ensino fundamental, pq segundo a mesma anunciava, quando terminasse o fundamental ela iria embora para o Pernambuco e assim aconteceu.
Eis que 11 anos depois eu encontro a tal ‘bulimizadora’ no ponto de ônibus com duas crianças que choravam falando "mãe, já ta na hora de tomar os Yakults?", os 20kg que eu perdi foram parar na cintura dela  (que antigamente me causava inveja), com o rosto cheio de "pano branco" ou sei lá que raios eram aquelas manchas e eu lá,  mezzo ruiva mezzo morena, bem vestida, indo trabalhar, mais magra, mais bonita e mais alta do que 11 anos atrás, sem filhos me pedindo Yakult, formada, não tão bem de vida como eu qria estar, mas estavel, um rosto abençoado por Deus, de traços finos e milimetricamente esculpido por as mãos divinas dos anjos, esta sou eu hohohoho...
Ela me reconheceu, mas evitou me dar oi, passamos a viagem toda nos olhando e nos odiando, mas eu estava adorando saber que eu não precisei usar força bruta para me vingar, o simples fato de saber que estou bem melhor que antes já compensa qualquer violência, mas confesso que a minha vontade era pular no pescoço e descontar tudo que ela tinha me feito, mas como a mesma já havia dito, eu nunca vou chegar ao nível dela, pelo menos ela acertou alguma coisa na vidinha torta.
C' ya




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